escrevo sobre a insatisfação.
É o que me define. Estou sempre no limbo entre o que sou e o que não sou. E sofro por não ser o que não sou. Por não ter coragem suficiente. Por não me desenraizar. Mas começo a perceber que é tão bom ter raízes. Bom, mas nada pacífico.
Depois há momentos em que sinto que não é preciso mais nada, que o que tenho chega-me. Esses momentos passam, claro, mas fazem-me perceber que não podia estar com mais ninguém.
Amanhã vou apanhar um avião. É só por 4 dias, mas são estas fugidas que me fazem pacificar de alguma forma esta insatisfação. O António Variações faz tanto, mas tanto sentido. O Chou passa-se:
"então mas só queres quem nunca viste???"
"não parvo, essa parte 'tá errada! Mas o resto está certo".
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